Por um acidente da história no século XVII, cinco grandes verdades cristãs, formuladas por sucessores dos reformadores no Sínodo de Dort para combaterem um afastamento do evangelho, ficaram vinculadas com o nome do reformador genebrino que havia falecido meio século antes. O rótulo “Calvinismo” a princípio foi uma tática propagandista da parte dos oponentes, mas enquanto os defensores da fé bíblica (defendida pelos reformadores) reconheceram que bem poderia ser chamado por outro nome, eles aceitaram o termo como um que denota as doutrinas que colocam o homem em dependência total da livre graça de Deus na salvação.
Este livrinho foi escrito para explanar esse ensino, e o ponto de vista do autor é o mesmo exposto por C. H. Spurgeon quando escreveu: “Cremos nos cinco grandes pontos geralmente conhecidos como calvinistas; mas não olhamos para eles como fisgas para meter entre as costelas dos nossos irmãos cristãos. Olhamos para eles como sendo cinco grandes lampiões que ajudam a projetar a cruz, ou seja, cinco irradiações surgindo do glorioso concerto do nosso trino Deus e ilustrando a grande doutrina de Jesus crucificado”.